segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para quem pensa que Crack é droga de pobre

Segundo a revista Veja (12/11/2010) "Crack avança na classe média e entra na agenda política"

O crack há muito tempo não é privilégio somente de moradores de rua ou de meninos e meninas em situação de risco. A classe média descobriu a droga e já faz uso contínuo, vide o advogado do jogador Bruno.

Veja matéria completa: em http://veja.abril.com.br/noticia/saude/crack-avanca-na-classe-media-e-entra-na-agenda-politica

Drogas e Criminalidade

A cada dia que passa as pessoas atribuem a atual criminalidade às drogas, no entanto não podemos relacionar os dois fenômenos de forma tão direta assim. Realizando uma pesquisa sociológica sobre o assunto cheguei à conclusão que a relação em si entre drogas e criminalidade não é simples de ser definida. Em meus estudos, que focam nas trajetórias criminais em indivíduos usuários de drogas, aparecem tanto usuários quanto pessoas não usuárias de drogas e que desenvolvem trajetórias criminais. No estudo procurei relacionar o uso da droga com o desenvolvimento de uma trajetória criminal com delitos cada vez mais graves.

Não se pode negar, por exemplo, que um usuário de crack ou de cocaína pode utilizar-se de expedientes violentos ou cometer crimes como furto, ameaça e outros fatos, mas nem sempre isso sinaliza uma trajetória criminal grave ou de sentido ascendente.

Fato é que, cientificamente falando, não é verdadeiro afirmar que "essa criminalidade toda é por causa da droga" (sic).

Com toda essa incerteza eu aposto ainda na prevenção como melhor modo de diminuir a incidência de casos de dependência química e de criminalidade no nosso Brasil.